Ta gra agam ort

Quarta-feira, 8 de Fevereiro de 2012

- Rápido venham por aqui! – A voz desesperada de Maggie transparecia a horrível realidade. Steve e Rafa correram atravessando os corredores do castelo o mais rápido que conseguiam. Leo era transportado por eles, mas mesmo assim tinham alguma dificuldade em fazê-lo. Apesar da estatura média, Leo era bastante pesado. Maggie abriu rapidamente a grande porta de madeira que dava acesso ao quarto de Leo e com um gesto exigiu que o deitassem na grande cama que ocupava a parte central do quarto. Emma agarrou numa das tochas que iluminavam o corredor e acendeu as quatro velas que se encontravam nos quatro extremos do quarto. Repentinamente todo o quarto se iluminou. Ciara soltou um gemido ainda mais desesperado agora que era possível ver com maior nitidez o sangue que escorria do peito de Leo. Tapou a cara com as mãos, tentando conter as lágrimas que escorriam inadvertidamente dos seus olhos. Aicha olhou para ela e abraçou-a. Ciara não aguentou aquele contacto e começou a chorar ruidosamente, enterrando o rosto no ombro de Aicha. Sentia-se culpada pelo que acontecera a Leo. Ela tinha de ter tido mais coragem. Aliás, se tivesse sido um bocadinho mais corajosa nada disto tinha acontecido. Leo não teria ido em seu socorro e agora não estaria ali deitado a esvair-se em sangue.
- Agora quero que todos saiam daqui! – Ordenou Maggie com voz firme.
Todos a encararam, espantados.
- Não, o Leo é nosso amigo e nós queremos ficar com ele. – Respondeu Emma num tom decidido. Também ela estava apreensiva ao ver Leo tão debilitado. Olhou de relance para a cama e uma expressão de dor trespassou-lhe a cara.
- Eu sei que é vosso amigo, mas se querem que se salve têm de me deixar tratar dele. Agora saiam imediatamente.
Maggie pronunciara a última frase com grande autoridade, revelando uma grande preocupação com Leo.
- Maggie tem razão.
Todos se voltaram para a porta do quarto. Até mesmo Ciara que até o momento tinha estado a chorar compulsivamente no ombro de Aicha se endireitou e fixou Sir Edmund. Ele estava de pé junto à porta com ar distinto, mas denotava-se que também ele estava muito preocupado com Leo.
- Quero que todos saiam daqui e deixem a Maggie tratar de Leo.
Todos lhe obedeceram. Lentamente começaram a sair do quarto. Aicha e Emma cercaram Ciara e encaminharam-na para a saída.
- Mas eu não quero ir. Eu não posso deixar o Leo sozinho! – Choramingou Ciara.
- Querida, tem de ser, é o melhor para ele! Temos de deixar que cuidem dele! – Assegurou-lhe com uma voz suave Aicha. Ciara encarou-a e sentiu-se mais confortada com o sorriso de encorajamento que Aicha lhe retribuía.
Acenou afirmativamente com a cabeça e deixou que a levassem até a sala de convívio.
Mal saíram do quarto as grandes e pesadas portas de madeira fecharam-se atrás deles com grande estrondo, pelo menos foi o que lhes pareceu.
Mal entraram na sala de convívio deixaram-se cair, já sem forças nas grandes poltronas. As suas caras espelhavam expressões de desolo.
Steve levantou-se e caminhou até à janela. Fechou os olhos e colocou as mãos nas têmporas, massajando-as. Não conseguia compreender nem mesmo aceitar como aquilo acontecera. Leo era de todos eles o mais forte. Aliás a sua força era o que melhor o caracterizava. Steve procurava lembrar-se de todas as vezes que Leo o tinha ajudado. Fez um esgar. Definitivamente, ele era um grande e bom amigo. Porque é que agora ele não o conseguia ajudar, como Leo sempre fizera com ele? Recriminou-se por não poder fazer nada. Continuava a massajar as têmporas quando sentiu dois braços à volta da sua cintura que o apertavam com força. Abriu lentamente os olhos e sentiu o inconfundível cheiro de Aicha. Ela encostou a cabeça às costas de Steve e ele suspirou. Agarrou-lhe nas mãos e segurou-as, fazendo-a desprender-se da sua cintura. Depois voltou-se para ela e sorriu gentilmente. Os seus olhos cor de mel transpareciam tristeza e incerteza. Agarrou-lhe o rosto com ambas as mãos e deixou que ela o voltasse a abraçar.
- Não gosto de te ver assim! – Disse Aicha sorumbaticamente, olhando fixamente.
- Eu estou bem, não tens de te preocupar comigo. – Respondeu Steve, contorcendo a boca num sorriso triste. Envolveu-a pela cintura e com uma mão puxou a sua cara até os seus lábios tocarem os dela serenamente. Aicha sentiu que Steve sofria em silêncio e detestava vê-lo assim. Deixou-se ficar assim! Quando ele parou de a beijar, Aicha encostou a sua cabeça ao peito dele, ouvindo o acelerado bater do seu coração. Ele apoiou a sua cabeça na dela e assim ficaram em silêncio. Não queriam nem precisavam de falar, bastava-lhes sentir que se tinham um ao outro.
Aicha percorreu a sala com o olhar e viu que também os seus amigos tentavam aguentar-se o melhor que conseguiam. Emma tentava apoiar Ciara e Rafa estava sentado perto delas, com o olhar fixo no chão.
As horas foram passando. Parecia que o tempo demorava muito mais tempo a passar do que era habitual.
Lá fora as nuvens começavam a cobrir o sol e a noite aproximava-se.

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publicado por Bel às 19:39
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Olá,

 

Já há muito tempo que ando a tentar escrever uma história... o certo é que é mesmo muito difícil! Sinceramente, não tenho a certeza se esta é cativante e se está bem escrita ou se precisa de alguns ajustes.

 

 

Por isso, decidi começar a publicar alguns excertos desta história... espero que gostem e que através dela consigam sonhar bem alto!

 

 

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publicado por Bel às 19:36
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últ. bacoradas
ui....fiquei corado!
E não te esqueças que também se ri para ti constan...
Obrigada Amor!
Foto genial! parabéns!
não desanimes.a oportunidade chegará!
Linda!Encaixa a 100!
perfeito, perfeito é estar contigo...
Não, não conhecia...Mas ele at&eacut...
Tu és tão linda!
Parabéns madrinha!!! Vais brevemente sentir a magi...
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